Coordenadores: Paula Urze (FCT/UNL, CIUHCT/UL/UNL) Maria Manuel Serrano (UÉvora, SOCIUS/UL) António José de Almeida (IPS/ESCE)
Tendo como cenário de fundo um contexto fortemente marcado pela erosão social, precariedade do trabalho e desemprego várias questões se levantam do ponto de vista da cidadania, participação e democracia nas sociedades hodiernas. A precariedade que domina as relações laborais a par da ausência de trabalho qualificado consonante com as expectativas e a formação dos indivíduos têm contribuído de forma inequívoca para a degradação das expetativas e oportunidades de emprego decente em diferentes áreas e profissões em Portugal.
Debater a qualidade e o futuro do trabalho nas suas relações sempre complexas com a vida concreta dos atores em presença, tendo em conta as diferentes conceções ideológicas e os interesses particulares de cada grupo social, é por isso um desafio a assumir pela Sociologia. As relações pautadas por condições sociais dicotómicas patrão/assalariado, empregado/desempregado, operário/quadro, emigrante/imigrante, homem/mulher, jovem/adulto, entre outras, representam algumas das portas de entrada possíveis para o debate sociológico em torno de rumos na era de pós-verdade, relativamente à participação, cidadania, qualidade de vida e trabalho, numa palavra democracia. Porque os desafios que se colocam à Sociologia neste mapa complexo das esferas de trabalho são particularmente marcantes, apelamos a todos os sociólogos e demais cientistas sociais a partilhar connosco os resultados da sua investigação ou ação profissional.
Sem pretendermos limitar a natureza dos objetos sociais passíveis de ser mobilizados para o debate sobre os rumos do trabalho, enunciamos algumas áreas temáticas que consideramos poder servir de referência para a apresentação de propostas de comunicação no quadro de um Congresso que tem como tema de fundo: "NA ERA DA “PÓS-VERDADE”? ESFERA PÚBLICA, CIDADANIA E QUALIDADE DA DEMOCRACIA NO PORTUGAL CONTEMPORÂNEO."
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